No dia 8 de abril de 2012, o Diário de Pernambuco colocou uma matéria muito interessante a respeito das intervenções realizadas em alguns pontos da cidade do Recife que apresentam perdas de patrimônio e alguns erros na concepção das referidas construções. São elas: O Viaduto das Cinco Pontas, Os Arcos do Recife, o Porto do Recife, Avenida Dantas Barreto. É possível fazer modernidade sem perder identidade com o lugar? Sendo a Geografia a ciência que estuda as relações da sociedade da com o espaço geográfico e sendo exibida matéria jornalística da Geografia da cidade do Recife, por esse veículo de comunicação faz jus reflexões e comentários pertinentes aos contextos históricos que fomentaram mudanças nos principais pontos das paisagens de forma radical e com prejuízos para os cidadãos.
O Recife já teve três grandes Arcos medievais em Santo Antônio e no bairro do Recife que eram chamadas de portas da cidade. Por conta do porto, decidiu-se alargar as ruas do bairro para permitir o acesso de veículos para o terminal, sacrificando os Arcos. Dois deles ficavam nas cabeceiras da ponte Maurício de Nassau, sendo o Arco da Conceição no bairro do Recife, na altura do edifício Chanteclair, e o de Santo Antônio no lado oposto. Eles funcionavam como portões da ponte e foram demolidos em 1917. Já o Arco do Bom Jesus ficava no fim da antiga rua dos Judeus, na altura da Praça do Arsenal, e foi destruído em 1850. A paisagem poderia ter permanecido com a criação de rotatórias e seriam mais um atrativo turístico para a cidade hoje. Isso nos leva a refletir que os atores envolvidos nesses processos e ações não tinha uma visão futurista e consequentemente, o “modelo de desenvolvimento” dessas intervenções conduziram os recifenses a perdas de identidades com o lugar.
O Viaduto das Cinco Pontas construído na década de 1970, esse foi o primeiro viaduto da cidade do Recife. A intenção era fazer a ligação entre o Bairro de Boa Viagem e o Centro, passando sobre a linha férrea. No entanto, sua concepção apresenta erros. Por conta de ter uma confluência em curva, já suportou até um semáforo sobre ele para controlar o fluxo de veículos. Foi construído em desacordo com a Lei, já que impede a visibilidade de um bem tombado, no caso do Forte das Cinco Pontas, comprometendo mias uma vez a geografia da cidade, e ainda causando outros imapactos de impossibilitar a integração do Forte com o mar. Além de tudo foi erguido num pátio ferroviário o que contribuiu para a extinção da primeira estação de trem no Recife.
O Terminal Rodoviário Prefeito Antõnio Farias foi construído em 1979 e só começou a operar em 1986 quando o metrô chegou. Ele foi concebido dentro de um projeto de urbanização metropolitana para atrair o desenvolvimento da cidade para o eixo Oeste. O planejamento estava certo o erro foi abandonar o projeto pela metade. Mas, uma vez faltou um olhar futurista de médio e longo prazo, tanto por parte do Estado como os Municípios, pois, se tratava de uma proposta de estruturação metropolitana. Agora a cidade da Copa está resgatando esse projeto, aproveitando uma parte da infraestrutura que já está disponível na região.
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